
Hoje, 20 de março, é o Dia Internacional da Felicidade. E antes que você revire os olhos pensando “lá vem mais um post motivacional enquanto a pia tá cheia e os boletos vencendo”, respira fundo. Esse artigo é um convite – não para fingir que está tudo bem o tempo todo, mas para despertar o olhar para aquilo que já é bom, mesmo em meio ao caos.
A felicidade real, aquela que nos sustenta por dentro, não é um destino final ou uma lista de tarefas concluídas. Ela é sutil, diária, silenciosa às vezes. E para nós, mulheres, mães, profissionais, acumuladoras de funções e sonhos, cultivar essa felicidade não é só um ato poético – mas de sobrevivência. Inclusive, seu corpo agradece. Vamos falar sobre isso?
Felicidade: Mais do que um Sentimento Bonito
A felicidade não é só uma sensação gostosa – ela é um estado bioquímico real, com impactos profundos no corpo e na mente. Quando você vivencia momentos de alegria, gratidão, conexão ou prazer, seu cérebro libera uma série de substâncias que te ajudam a viver melhor:
- Serotonina: relacionada ao humor e à estabilidade emocional.
- Dopamina: ligada à motivação, prazer e produtividade.
- Ocitocina: conhecida como o hormônio do amor e da conexão.
- Endorfina: ajuda a aliviar o estresse e até dores físicas.
Ou seja, felicidade é um recurso biológico essencial – principalmente na maternidade e na vida de uma mulher que tenta equilibrar mil papéis. E o mais bonito? Não precisa ser épico. Pequenos momentos já bastam.
Por Que É Tão Difícil Sentir Felicidade Quando Se Tem Tanta Coisa para Fazer?
Porque fomos ensinadas a colocar a felicidade no fim da fila. “Vou ser feliz quando os filhos estiverem maiores.” “Quando sobrar tempo.” “Quando meu negócio decolar.” “Quando eu voltar a caber naquela calça.”
E enquanto esperamos esse tal momento ideal, a vida vai passando e com ela as pequenas alegrias que poderiam ser colhidas no caminho. O problema não está na ausência de felicidade, mas na falta de presença para percebê-la.
A boa notícia? A felicidade é como um músculo: quanto mais a gente exercita o olhar, mais fácil ela floresce.
Cultivar a Felicidade na Vida Real: Mãe, Mulher, Profissional (E Humana)
1. Reconheça o que já está funcionando
No meio do caos, tem coisas que continuam indo bem. Seu filho dormiu a noite toda? Você conseguiu tomar um café quente? Teve uma conversa boa com alguém? Tudo isso conta.
Prática rápida: Anote 3 coisas boas do seu dia antes de dormir – por menor que sejam.
2. Pratique a gratidão (sem pressão estética)
Gratidão não é sobre romantizar tudo, mas sobre reconhecer o que é valioso. Você pode estar cansada e grata. Frustrada e ainda assim encontrar beleza. Uma coisa não anula a outra.
Dica realista: Troque o “preciso ser grata” por “quero notar o que me faz bem hoje”. É mais leve.
3. Movimente o corpo (mesmo que só por 10 minutos)
Exercício físico aumenta naturalmente os níveis de dopamina e serotonina. E não, não precisa ser academia. Uma dança na sala, uma caminhada com fone de ouvido ou até uma espreguiçada já ajudam.
Dica prática: Coloque uma música que você ama e se mexa. Vale com criança no colo ou na frente do fogão.
4. Crie pequenos rituais de prazer
Tomar banho em silêncio. Acender uma vela cheirosa. Comer um chocolate escondida. Ler um trecho de um livro. Felicidade pode (e deve!) morar nesses detalhes.
Desafio do dia: Crie um micro ritual de autocuidado só seu e repita por 7 dias. Observe os efeitos.
5. Cerque-se de conexões que te elevam
A ocitocina, hormônio da felicidade emocional, é ativada por conexões humanas verdadeiras. Uma boa conversa pode ser mais terapêutica que muito protocolo caro.
Convite: Marque um café com aquela amiga que te ouve de verdade ou mande uma mensagem sincera para alguém especial.
Felicidade É Olhar, Não Esperar
No Dia Internacional da Felicidade, o convite é simples: não espere o cenário perfeito para se permitir sentir. A felicidade está no agora, disfarçada de pequenas coisas, escondida entre a rotina e o cansaço. E se permitir reconhecê-la é um ato de resistência, autocuidado e recomeço.
Então, que hoje – e todos os dias – você se lembre que não precisa ser perfeita, produtiva ou plena o tempo todo. Precisa apenas estar viva, presente e com o coração minimamente aberto para o que pulsa de bom ao seu redor.
Agora me conta: o que fez seu coração sorrir hoje, mesmo que por alguns segundos?